quinta-feira, 18 de agosto de 2011

(Sa) fadas

Acontece uma coisa aqui, outra ali. A gente dá aquela mordidinha na boca de inveja e, inevitavelmente, acaba se perguntando: Por que as mulheres ditas “safadas” parecem mais felizes? Mais amadas e desejadas pelos seus companheiros?
Pesquisando no dicionário, encontrei duas definições muito curiosas que talvez dêem respostas aos meus questionamentos, são elas:

- Fada: Ser imaginário representado numa mulher dotada de poder sobrenatural. / Mulher notável pela graça, espírito, bondade e beleza. / Destino, auspício.

- Safada: Vulgar, fácil, oferecida. O termo safada também se refere a mulheres de baixo calão.

Não respeitando muito as regras sintáticas e morfológicas da língua portuguesa, tão pouco as operações matemáticas, façamos uma análise:

A palavra safada contém a palavra fada, logo, se juntarmos as duas definições encontramos a seguinte descrição:

- Safada: Ser imaginário representado numa mulher dotada de poder sobrenatural. / Mulher notável, fácil, oferecida. O termo safada também se refere a mulheres de baixo calão.

Aí eu até concordo que aquela mulher bonita, na verdade, gostosa que sabe o que quer, que não tem medo de sair com o colega de trabalho mesmo sendo casada, que não liga de pegar todos os colegas da faculdade, que faz sexo quando quer, com quem quer e até quando ela quiser, que não ligam para os rótulos que receberão da sociedade, que, literalmente, gozam a vida possam ser chamadas de safada. Elas são livres, e como eu já disse, a liberdade é tranquila.

Com esta definição, ouso até a propor uma nova escrita para a palavra: (sa) fada. Afinal, elas encantam, têm um poder sobrenatural de ter o homem que quer, ela é sempre notada, fácil e se oferece sem nenhum pudor. Ela até pode ser confundida com uma qualquer, mas sempre tem aquele homem que faz loucuras por ela. Sempre tem aquele homem que diz que ela é a mulher da vida dele, arruma barraco se alguém sugere que ela não presta e rompe relações com o melhor amigo só para não arriscar perdê-la.

Ai você vai dizer que para ser (sa) fada não precisar ter seus poderes e encantos?

Quem não tem esses dotes e tenta ser (sa) fada vai acabar se apaixonando pelo chefe, namorando com o primeiro otário que pegou na faculdade e o pior, ficará frustrada porque nunca assimilará bem as marcas que o sexo sem compromisso deixa no seu corpo e na sua mente.

Minha grande dúvida é: eu as admiro ou as odeio?

Certo é que eu admiro a firmeza, a decisão, a precisão e a ousadia delas. Já saber o que eu odeio é mais complicado, sou impregnada pelos conceitos culturais e hábitos da sociedade que vivo, involuntariamente repudio muitas das atitudes, mas no fundo do meu ser, naquela parte da mente em que nada é absoluto e tudo é questionável, eu me pergunto quem de fato está certo ou errado?
 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Esse é para você 2....

Escrever para você não é difícil, até porque não consigo te esquecer. Em alguns momentos eu queria não lembrar.
Eu queria não sentir
Eu queria não desejar
Eu queria não suportar esse sentimento e deixar de sufocá-lo
Eu queria não calar
Eu queria não ser covarde
Eu queria não ser quem eu sou
Eu queria, simplesmente, que nada do que eu sinto um dia tivesse existido.
Contudo, isso é impossível, tudo me faz lembrar VOCÊ
Meu desejo lembra você
Meu corpo, mesmo nunca tendo sido seu, lembra você
Meu trabalho lembra você
O mar me lembra você
Abrir um livro me lembra você
O carro me lembra você
O corredor do hotel lembra você
Viajar lembra você
Olhar-me no espelho lembra você
E até um evento corporativo lembra você
Talvez, o sentimento que sobrevive dentro de mim, seja o que há melhor na minha existência.
Talvez eu ainda não tenha te substituído por outro amor bilateral pelo simples fato de eu não querer.
Certeza de que um dia você será meu e corresponderá o que sinto eu não tenho, mas eu tenho certeza que desta vez, você saberá que é VOCÊ.
Quando você souber que é VOCÊ se entregue, permita-se, viva pelo menos um dia o que eu sinto e depois me diga se “NÓS” não valeu a pena.