sexta-feira, 29 de julho de 2011

Por que se fala tanto em sacanagem?

É incrível a necessidade que as pessoas têm de falar de sacanagem. Você passa o dia todo com gente que nem abre a boca para dizer bom dia, mas se alguém fala de sexo, esse cidadão logo socializa e passa a fazer parte do diálogo como profundo conhecedor do assunto.
Queria entender isso. Será que o povo faz tudo isso que fala?
Se for verdade, todo mundo é infiel, todo mundo tem no mínimo três amante e, o mais difícil de acreditar, faz sexo todo dia e mais de uma vez.
Acho que nem o Viagra garante tanta potência assim...
Segundo o site da Revista Isto é: “A empresa britânica de preservativos Durex fez uma pesquisa mundial sobre a frequência com que as pessoas transam. Entrevistou homens e mulheres de 41 países. O Brasil ficou em 32º lugar. Os franceses são os que mais transam: em média, 137 vezes por ano. Os brasileiros têm anualmente, em média, 96 relações. Mas a qualidade da vida sexual é boa no Brasil: 51% das pessoas ouvidas declararam que têm orgasmos, bem acima da média mundial, que está em 35%” (http://www.istoe.com.br/assuntos/semana/detalhe/9932_BRASILEIRO+TRANSA+MENOS+MAS+GOZA+BEM+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage).
Bem, avaliando os dados da pesquisa dá para concluir que fala-se muito e faz-se pouco, correto?
Mulheres vamos para a França, afinal, já que é para ser traída, pelo menos lá o cara irá comparecer mais. Pensem comigo, se os brasileiros transam 96 vezes por ano (365 ou 366 dias/ano) e ainda precisaremos dividir isso com as amantes que eles vivem “dizendo” para os amigos que têm. Faremos sexo menos de 50 vezes durante o ano todinho. Se em um dia rolar mais de uma vez, estamos ferrada, poderemos resumir nossa vida sexual em 25 dias ativos.
Ficou ruim para gente, né?
Tirando a solução de ir morar na França, nos resta aderirmos a moda deles, ou seja, o mundo é infiel e fazemos parte dele!!!! Rs

Fidelidade é um assunto muito complexo, nos deixa anciosas (os) e acabamos comendo mais. Melhor esquecer o assunto e voltar para minha dieta. Eu continuo querendo saber: Para você, o que é uma semi-gorda!?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O descontrole do recomeço

Recomeçar é uma palavra interessante, forte, marcante e intensa. Costumava pensar que todo recomeço tinha seu início depois do ponto final colocado em uma relação, seja ela amorosa, profissional, familiar ou amigável.

Ultimamente eu tenho pensado que o recomeço de fato se inicia quando decidimos por o ponto final e não quando o colocamos de fato, entendem?

Tipo, quando realmente concluímos que determinada relação está falida, o ponto final é evidente, entretanto, o ato de finalizar não. O tempo que isso vai levar já é o início do recomeço. Deste ponto em diante que, a meu ver, começam os descontroles. Claro que em toda relação há destemperos, desesperos e insensatez. Sendo que as relações não platônicas são vividas por 2 (em alguns casos mais de 2) pessoas e o descontrole duplo ou coletivo tem efeitos mais amenos se considerarmos que dividimos a responsabilidade da loucura.

Descontrolar-se com você mesmo é mais que enlouquecedor, é torturante, é como dar um soco em você mesmo, é um processo e auto-traição.

Imagine que você tenha uma história de amizade, emprego ou amor legal, tranquila, na medida do possível harmônica, sem o único adjetivo realmente necessário a sobrevivência de tal relação, ou seja, ela não é ideal para você. Daí você se convence que fracassou, quebrou e que não dá mais para insistir. Para mim, neste momento começou uma nova etapa, o ponto final chegou seguido do parágrafo para uma nova história. Entendido isso, começam as viagens, loucuras, neuroses e tudo aquilo que eu prefiro resumir como “descontrole”.

Entramos numa de que precisamos preparar e estar preparada para comunicar a outra pessoa da relação que algo ficou ruim e que não dá para tentar arrumar, que não queremos mais e acabou. Ensaiamos o famoso “esse é o fim da linha”.

Enfim dizemos o que tem que ser dito e ao invés do alívio, tranqüilidade e paz que tecnicamente sentiríamos ao tirarmos aquele peso das costas, surge a euforia, parece que você quer abraçar o mundo todo e dizer: “Acabou, não me sinto mais incomodada com isso ou aquilo, vida nova!”.

A euforia dura pouco e imediatamente vem o questionamento de que se tal decisão foi de fato acertada, adequada e oportuna. Nos casos do namoro, pelo menos eu, tenho a enorme capacidade de focar só nos momentos bons e ficar pensando: “Putzs, peço, peço, peço e quando Deus me dá, eu sempre arrumo defeitos”. Sei lá, tenho a habilidade de neutralizar os pesares e só pensar nos prazeres nesta fase. Como todo descontrole, meio que como um transtorno bipolar, passamos a pensar que foi a melhor coisa que fizemos, que tudo começou a fluir a partir deste momento.

Essas oscilações podem demorar muito a passar, a mudança de etapa para a segunda fase do recomeço parece que nunca se conclui, e quando você finalmente chega a parte 2 da história, você vê que o que podia melhorar, conseguiu ficar pior ainda. Neste momento precisamos aprender a conviver com a solidão e gostar de nós mesmas. Difícil, né?

Quando estamos sozinhos conseguimos achar graça em pessoas, atividades e coisas que em qualquer outro momento de controle nunca olharíamos ou daríamos atenção. Depois nos lamentamos nos fazemos perguntas óbvias como: “O que eu fui fazer ali?” “Nossa! Eu achei isso interessante?”, “Como me envolvi com esse tipo de pessoa?” e outras perguntas neste gênero.

Passada a fase de auto-flagelação, vem a que talvez eu julgue a mais difícil, deixar sua cabeça, corpo e atitudes organizadas da maneira que você quer. Chega a hora de tomar as rédeas da situação, planejar e agir.

Não sei vocês, mas neste ponto do recomeço, meu descontrole aflora loucamente. Olho no espelho e me acho o bagaço da laranja de pois de 3 dias largado na pia, começo a divagar sobre um assunto e acho que não tenho consistência acadêmica para tal,  olho para minha família e acho que sou ausente demais, enfim, me sinto igual lixo que passou pela coleta seletiva, fico revirada, com minhas partes espalhadas, sem saber por onde começar a arrumar a bagunça. Acho que tudo demora a acontecer na minha vida e deprimo totalmente.

Porém, depressão é algo que não se adéqua ao meu poder aquisitivo, ficar deitada, comento chocolate, tomando antidepressivo e enchendo a cara de vodka, não é permitido, ai de mim não sair de casa para ganhar o pão de todo dia. Pão não porque engorda, ganhar o guaraná zero de todo dia.

Essa obrigação acaba por me ajudar, começo novas dietas, arrumo mais um curso para fazer, planejo mais uma viagem, extrapolo um pouquinho no cartão de crédito e quando escuto o primeiro elogio, seja ele intelectual ou físico, fico toda serelepe!!

Passada a depressão e para fechar essa etapa do recomeço, começo a pesar os erros e acertos, ajustar minhas atitudes, aparar as arestas das palavras, rever reações e domar meus instintos. Recomeço de fato a andar na linha que saí quando me perdi dos meus ideais, dos meus objetivos.

Deste ponto em diante eu considero que o recomeço acabou e o que começa agora é o início de um novo fim.

Não me entendam mal, não digo que começará outra relação que em pouco tempo terminará novamente. Pode ser que o fim seja o dia em que um dos envolvidos morra, que a empresa abra falência, etc., o fim pode ser um período afastado, enfim, fato é que começa o início do fim de um ciclo. Há pessoas que possuem a fantástica capacidade de recomeçar sempre com as mesmas pessoas, eu, felizmente ou infelizmente, ainda não sou dotada deste dom. Quebro a cabeça, abro novas portas, se preciso arrombo janelas, mas olho sempre em frente.

Saber que caí é diferente de apenas sentir a dor da queda. Saber que caí e ter a certeza de que em algum momento eu poderia ter sido melhor, mas se ainda estou viva, é porque tenha a oportunidade de refazer, recriar e viver um final diferente.
 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para os meus amigos: Feliz dia do verdadeiro amigo!!

Escrever sobre amizade é tão complicado. Geralmente quando escrevemos sobre pessoas que gostamos tendemos a mentir, o amor faz com que nos poupemos da dor e façamos das lembranças boas a absoluta verdade de qualquer relação.

Eu, sinceramente, não pretendo mentir neste momento.

Todo mundo idealiza amizades, constrói castelinhos lindos para montar suas histórias e, às vezes, esquece do detalhe mais simples e puro da amizade, a verdadeira lealdade.

Acho que as amizades de verdade não se constroem através de um formula mágica, o que constrói e fortalece uma amizade é a LEALDADE que um indivíduo tem pelo outro.

Acho mentira dizer que um amigo não espera nada em troca. Pelo menos eu espero!

Eu espero que me ligue, que se preocupe comigo, que me queira bem, que me queiram perto, que me falem a verdade, que me alertem quando preciso e que contem comigo.

Já sofri muito tentando entender porque amizades da época do colégio sem mais nem menos deixaram de existir. Porque pessoas com as quais eu falava todos os dias sumiram e nunca mais deram notícias.

Já chorei ao passar por um antigo amigo na rua, cumprimentá-lo e ver que a pessoa responder sem sequer lembrar-se de onde me conhecia.

Enfim, no dia do amigo é muito fácil falar da beleza da amizade, da magnitude do sentimento e da força deste laço que se estabelece sem motivos lógicos aparentes.

Porém, sempre tem um porém, eu decidi fazer diferente. Eu vou agradecer a amizade, dedicação e lealdade daqueles amigos que sempre, independente da distância, dos rumos que as nossas vidas tomaram, dos tropeços, dos acertos, dos contratempos e de todas as possíveis justificativas para nos afastarmos, se fazem presente na minha vida de alguma forma.

Para manter o sigilo, vou poupar os nomes e homenageá-los no melhor estilo “Abecedário da Xuxa”. Tenho certeza que cada um de vocês saberá identificar qual frase o pertence.



Obrigada minha amiga “A”, que esteve comigo durante momentos difíceis como minha separação, momentos inusitados como aqueles que panfletamos na zona sul, que com seu jeito agitado e encantadoramente enlouquecedor, sempre dá um jeitinho de ligar ou mandar uma mensagem para saber como estou.



Obrigada meu amigo “AA”, nossa amizade dispensa comentários. São mais de 10 anos de brigas, abraços, choros, risos, tombos de moto etc. A gente pode resumir nossa amizade em uma trecho da música do Nando Reis: “Por onde andei, enquanto você me procurava....uuuuhhhhh”.



Obrigada meu amigo “B”, que apesar do seu nome começar com “R”, seu apelido é tão gostoso quanto nossa amizade. Leve, descontraída e muito, muito fofa!



Obrigada minha amiga “C”, que entre aulas, chopps, trabalhos, partidas de futebol, paixonites de adolescentes e papos cabeça de mulheres, permitiu que nossa amizade perdurasse aos tempos de escola.



Obrigada minha amiga “E”, talvez você seja a amiga com menos tempo de casa, mas me proporcionou uma emoção enorme ao dar-me a hora de ser sua madrinha.



Obrigada a minha amiga em potencial “F”, nos conhecemos de uma maneira diferente, mas não é que aquele processo seletivo está rendendo uma bela amizade.



Obrigada meu amigo “M”, você veio como cunhado, mas o cunhado foi e o amigo está aqui até hoje, graças a Deus!



Obrigada meu amigo “P”, você talvez me conheça melhor que a mim mesma. Talvez seja aquele que mais sofreu com minhas loucuras, pois sempre foi capaz de imaginar o quanto eu me arrebentaria em cada tombo. Para você o muito obrigada é pouco. Eu te amo!



Obrigada a todos os amigos e amigas “R”, tenho sorte com essa letra. Dá para montar um time de futebol de salão com os amigos e amigas “R”. Uma coisa todos vocês têm em comum, o período em que nos conhecemos. Não nos conhecemos na infância, nem na adolescência, todos nós já nos conhecemos adultos. Talvez seja por isso que nossa amizade seja tão serena, tranquila e duradoura.



Obrigada minha amiga “T”, mesmo não fazendo mais parte da minha vida. Nossa amizade foi tão linda que só as lembranças já valem meu agradecimento.



Meu alfabeto não tem todas as letras e talvez nunca tenha, mas o importante é que, para mim, ele está completo.

Obrigada a todos vocês por fazerem parte da minha vida!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu tento....

Tento não pensar.

Tento ter paciência.

Tento deixar as coisas acontecerem.

Tento entender que ninguém é igual a ninguém.

Tento não esperar que outras pessoas tomem as atitudes que eu tomaria em determinadas situações.

Tento ter paz.

Tento compreender.

Tento relevar.

Tento emagrecer 10 quilos.

Tento muito calar.

Tento esquecer.

Tento não imaginar.

Tento abandonar a angústia.

Tento romper com a saudade.

Tento ignorar o vazio.

Tento aplacar a solidão.

Tento ter coragem.

Tento sentir prazer nas pequenas coisas.

Tento não me sentir vazia.

Tento não me fechar para o mundo.



Tento, e como eu tento.



Minha vida consiste em grandes tentativas incessantes de extasiar o desejo de “sempre mais”. Tentativas avassaladoras de contentar-se com o agora. De viver o momento e simplesmente aproveitar.

Dizem que signo tem haver com temperamento. Todo descritivo do meu signo diz que aquariano é livre, é maravilhoso, é desprendido, é sensacional, enfim, é o melhor signo do zodíaco.

Estou tentando achar todos esses adjetivos na minha pessoa, mas está complicado.

Sabe aquele dia que você se sente gorda, feia, nada interessante e que ninguém parece olhar para você?

Aquele dia que você tem total convicção de que sua vida está morna demais, para não dizer fria?

Aquele dia em que você tem vontade de chutar o balde em alguns campos e pagar pra ver?

Pois é, estou nestes dias. Tirando o meu trabalho que está me dando muito prazer, o resta está só seguindo o curso.

O pior é que nem posso comer um chocolate ou tomar umas cachaças. O chocolate engorda e a cachaça vai cortar o efeito do antiinflamatório.

 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Insana

Meu olhar, seu olhar, o desejo.
A música, o ensaio, o ensejo.

A aproximação, alucinação, o encaixe.
A certeza, o impulso, o enlace.

A fuga, o lugar, o ato.
A intensidade, veracidade, o fato.
Minha boca, seu abdômen, o tremor.
Sua boca, minha coxa, o ardor.

Sua mão, meu peito, a sede.
Minha mão, seu pescoço, o desfecho.

Intenso, rígido, absoluto.
A vontade de cada vez ir mais fundo.
Carícias, arrepios, delícias.
No escuro, no lugar, no mundo.

O ato, em si, é insólito.
O orgasmo, por si, é inebriante.

Querer, buscar, ter.
Sexo, amor, prazer.

Uma mistura intrigante, intrínseca, intensa.
Inesquecível, inexplicável, inesgotável.

Uma noite, um momento, um minuto.
Um sentimento devasso que de maneira profana nos conduz ao absurdo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Hoje eu não vou falar de amor...o assunto é sexo mesmo.

Aquele sexo sem compromisso, sem cobranças, sem marcações, do bom e sem preconceitos. Aquele que acontece por acaso, dura o tempo necessário e marca nosso corpo e nossas lembranças da maneira mais indecente possível.

Eu relutava muito em desvincilhar o sexo do amor. Sempre achei que um completava o outro, que não era possível fazer sexo sem ter nenhum sentimento pela pessoa. Contudo, o tempo passou e, como sempre, me ensinou mais uma coisa.

Sexo é bom por si só, não precisa de amor para acontecer. Precisa de tesão, desejo, atração, química, clima e oportunidade. Não necessariamente nesta ordem e com todos os itens. Fato é que ele sempre acontece. Seja o sexo casual ou eventual, sexo por sexo existe sim e, às vezes, os tipos de relações exclusivamente sexuais duram muito mais tempo que relações banhadas em amores intensos e verdadeiros.

Conheci uma mulher que disse que praticava sexo eventualmente com estranhos porque amava demais seu marido e fazia isso para não terminar o casamento que sexualmente já era falido.

Há também casos de pessoas que alimentam amores e relações duradouras com escapadinhas para sexo casual com pessoas que nunca viram e/ou verão novamente na vida.

Tendo conhecimento disso, como eu, simples mortal cheia de desejos, sonhos e fantasias, poderei dizer que sexo sem amor não existe?

Tem gente que fala que faz amor e não faz sexo. Sei lá, acho difícil isso acontecer. A gente faz sexo só por prazer até com quem a gente ama.

Vai dizer que não teve aquele dia que você pego seu namorado (a), esposo (a) ou amante de jeito, sem pensar muito em nada, com aquela pegada que o não fica totalmente sem sentido, com aquele beijo que falta de ar é pouco para definir, aquela passada da boca pelo pescoço de revirar os olhinhos, aquele apertada ou arranhão nas costas de enlouquecer qualquer um e porque não aquela puxada de cabelo intensa, mas sem machucar?

Enfim, você pegou seu parceiro (a) chamou para o “vamos ver” e em nenhum momento pensou: “Como eu amo essa pessoa! Ele (a) é a mulher (homem) da minha vida!”?

Claro que já existiu!

Tenho a seguinte pergunta para essas pessoas que só fazem amor: Se você só faz amor e não faz sexo. Responda para mim se você faz amor, no sentido do envolvimento carnal, com todas as pessoas que julga amar?

Claro que não. Quando a gente ama alguém a gente faz amor a todo momento, pois acredito que cada gesto em direção desta pessoa motivado pelo sentimento que nutre por ela deva ser considerado “fazer amor”. Se você ama um amigo e se preocupa com ele, você está fazendo esse amor amigável acontecer. Se sua mãe cuida de você mesmo depois de ter saído de casa, ela está fazendo esse amor maternal acontecer.

Amor é amor. Sexo é sexo!

Como diz o Arnaldo Jabour: “Amor é divino e sexo é animal”.

Pelo menos uma vez em sua relação você não quis amar, você desejou transar sem pudores, sem depois, só com o agora delirantemente provocante.

Pois é. Sexo é sexo e todos nós fazemos. Só espero que todos nós façamos muito!!

A vida é muita curta para pudores e falsos moralismos. Curta, viva, sinta e goze em todos os momentos possíveis. Rir de tudo é impossível, mas podemos tentar, não é?

domingo, 10 de julho de 2011

Efeito Paraty

Tem coisa que acontece e a gente nem se dá conta, não programa, não premedita, simplesmente flui. Relações tomam rumos diferentes dos que idealizamos, amizades deixam de existir, amores congelam, paixões se tornam coisas de adolescentes e tudo parece ficar ligado no piloto automático, sabe?

Amadurecer é complicado, porém me recuso a acreditar que ser adulta, consciente e madura consista na atividade chata de se conformar com as coisas, se adaptar as pessoas e administrar imparcialmente os sentimentos.

Gosto de sentir a vida. Gosto de gozar cada minuto, mesmo que ele seja de dor.

Penso que se for para sofrer, que seja relevante. Se for para sorrir, que seja espontâneo. Se for para calar, que seja em benefício de todos. Se for para gritar, que seja bem alto. Se for para amar, que seja intensamente. Se for para odiar, que seja rápido. Se for para acontecer que seja agora.

Não quero ficar aqui parada, estagnada, na dúvida de como seria dar o passo seguinte.

Não quero olhar para mim e ver tudo o que poderia ter feito, prefiro olhar e dizer: “Cara, você não precisava ter feito isso!”.

Sei lá, acho que ir a Paraty me fez voltar um pouco no tempo. Lembrei de um período da minha vida que algumas coisas estavam em ordem, mesmo eu achando que não.

Naquela época eu desejava, eu queria, eu sonhava com mais inocência. Eu acreditava que algumas coisas existiam de verdade e que era questão de tempo eu conquistá-las.

Há 3 anos eu sentia a vida, eu pulsava junto com ela. Hoje eu sigo a valsa do amadurecimento e me pergunto se vale amadurecer e ser uma pessoa esclarecida.

A pessoa ignorante (refiro-me no sentido de não ter conhecimento e clareza sobres às coisas) é feliz. Ela é livre do compromisso de fazer a coisa certa e a liberdade, por sua vez, é tranquila.