quinta-feira, 30 de abril de 2015

O barulho das rodinhas 

Talvez o amor por eles tenha surgido na sensação indescritível causada pelo vento no rosto, pelo sentinento de liberdade, no calor dentro do peito causado pela adrenalina ou pelo desafio.

Mas sabe, bem lá no fundo, essa paixão esquenta mesma quando escuto o barulho das rodinhas.

Aquele barulhinho discreto nas retas, mais agudo nas curvas, agressivo nas frenagens e melancólico quando giram sem o atrito com o solo.

As vezes, do nada, o barulho das rodinhas aparece na minha cabeça. Tenho a sensação que eles estão gritando por socorro, gritando para não serem esquecidos.

Canso de falar pra eles que nunca os abandonarei.

Como esquecer? Como os deixar?

Impossível! 

A gente roda, manobra, kambota, até capota e não aceita a derrota.

Para isso a gente treina, tenta e inventa, pode até demorar, mas com o tempo todos começam a deslizar.

Ah meus amados patins, enquanto o barulho das suas rodinhas aquecerem meu coração, nos amaremos no Brasil e no mundo em qualquer lugar que dê para praticar a patinação.