sexta-feira, 25 de maio de 2012

Só um pouquinho eu queria...

Às vezes sinto falta da coragem. Vejo minha vida tomando rumos e me vejo concordando com as curvas que ela tem feito, mas no fundo me pergunto se era esse o caminho que eu queria seguir, se é a coisa certa a se fazer.

Queria ter coragem para parar meu carro na frente do seu, bater o pé na porta, pegar o telefone, mandar um E-mail ou fazer qualquer outra coisa que chamasse sua atenção. Sei lá, penso também que o meu problema com você seja apenas fogo de palha, tesão reprimido, sabe?

Acho que meu “amor” ou “paixão” por você é infantilidade de mulher contrariada. É aquele sentimento de frustração por não ter tido, vontade de saber como é o que se imaginou ter.

Mesmo com tudo isso, eu ainda sinto vontade de ter coragem, vontade de pagar pra ver e correr o risco. Trocaria tudo que tenho por uma noite, por algumas horas ou até mesmo instantes com você, mas instantes verdadeiros, momentos sinceros nos quais eu seria uma mulher apaixonada por você e não essa farsa de hoje, não essa pessoa que você conhece superficialmente, não essa pessoa que passou pela sua vida como tantas outras, não essa pessoa que te trata com distância para não correr o risco de ser percebida.

Na verdade, acho que coragem eu tenho, o que eu não tenho é certeza se de alguma forma você me percebe. Será que percebe?

Ficam as dúvidas, ficam as incertezas e principalmente fica a vontade de te beijar, te abraçar, te tocar e fazê-lo sentir tudo isso que guardo aqui dentro. Queria que você sentisse esse calor, esse tremor, esse ardor e o meu desejo de ter e te dar prazer. Prazer puro, sem vergonha, sem limites, sem mascaras e sem medidas.

Ah! Como eu queria, só por um dia eu queria, só um instante eu queria, mas é melhor deixar pra lá....

domingo, 13 de maio de 2012

Sem assunto

Algumas pessoas me dizem que é mais fácil fazer uma pessoa sorrir do que fazê-la chorar. Eu não sei se concordo com isso, na verdade, sou fortemente tentada a achar que as pessoas são mais hábeis em fazer as outras chorarem do que rirem pela facilidade que se tem para atingir tal feito.

Eu, diariamente, sou visitada pela indiferença, e essa por  sua vez dói, maltrata e machuca como ninguém.  Se bem que temos que deixar claro que há vários tipos de indiferença e a que me atormenta é a indiferença daqueles que considero próximos e íntimos a minha pessoa, a indiferença que me irrita é aquela que finge não ser indiferente, que finge ligar para o que você está falando, que finge se importar com o que você sente e o pior, quase sempre me engana, fazendo-me crer que de fato o que eu disse, o que eu quis ou o que eu fiz tem importância para esta pessoa.

Frieza, eis outra inimiga que conheço bem e me visita com mais frequência do que muitos amigos. Houve momentos em que eu confundi a frieza com a indiferença, mas depois de algum tempo interagindo com as duas pude identificar o traço tênue que as tornam singulares. A indiferença ainda se preocupa em marcar território, a frieza não. A frieza simplesmente passa congelando tudo de bom que poderia acontecer naquele momento e em alguns momento tenta não ser percebida. A frieza faz com que você se sinta menos do que poderia pensar ser em algum dia, a indiferença ainda mostra que você tem algum valor e que por isso está sendo ignorado.

Por fim, consolo-me com a depressão, pois nessa quem manda sou eu, e sou eu também a responsável por fazê-la brotar. Ela é o meu percentual de autodestruição, com ela eu posso fazer mal a mim mesma e ao mesmo tempo parecer que estou pedindo piedade para o mundo.