sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um brinde a 2012!

Geralmente escrevo este tipo de mensagem para o Natal, mas confesso que este ano não tive inspiração para escrever algo antes. Pode até parecer um pouco “Pollyana”, mas neste ano aprendi algo óbvio, porém muito importante, aprendi a ver o lado bom das coisas.

Exemplo: Fui demitida de uma empresa ( isso foi péssimo!), mas por outro lado, fui contratada por 2 outras no mesmo ano. Na primeira empresa conheci pessoas fantásticas, desde o proprietário (um senhor muito fofo e humano) até minha superiora direta (mulher de muita garra e fibra que aprendi a admirar) todos me ensinaram muito e me mostraram um valor que eu mesma nem sabia que tinha. A segunda empresa foi a realização de um sonho, até agora estou agradecendo a oportunidade e dando o  meu melhor para manter meu lugar nesta equipe.
Com tudo isso, como posso me inspirar e desejar algo do tipo: planejem mais, se organizem mais, queiram mais, enfim, façam mais. Nem sempre o mais é mais de fato. Nem sempre o mais fácil é o melhor a se fazer. Em alguns momentos ficar parado pode significar avançar muito mais, em outros não.
Sinceridade sempre foi algo forte em minhas mensagens de final de ano, falar algo bonitinho que não expressa meus reais sentimentos não faz parte dos meus planos. Por isso, neste ano, simplesmente desejo que sigamos em frente, não façamos mal a ninguém, não desejemos as pessoas o que não queremos  para nós mesmos e, principalmente, que olhemos todos os dias no espelho e lembremos quem somos, como somos, de quem gostamos, o que queremos e que só quem está na nossa frente é capaz de impedir o nosso sucesso. Nós somos nossos maiores limitadores e inimigos, somos nós que deixamos de correr atrás dos nossos objetivos, não é o mundo ou alguém que conspira para que as coisas não dêem certo.
Problemas nós teremos em 2012 e em todos os anos, mas fiquemos firmes e otimistas diante deles, se temos problemas é porque estamos vivos e a vida sempre segue da melhor maneira possível. A gente cai, mas levanta, dá uns tapinhas no bumbum para tirar a poeira e segue em frente. Isso é o que nos torna humanos, fantásticos e divinos.
Desejo, do fundo do coração, que sejamos plenamente felizes em 2012, que possamos viver e sentir tudo que a vida tem a nos oferecer, que tenhamos garra, força e persistência para nunca desistirmos do que queremos e sempre lembremos de quem somos e que não estamos neste mundo a passeio.
Um brinde a 2012, um brinde a renovação, um brinde vida!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Frustrações e perdas

Ninguém gosta de perder, mas acho que todo mundo consegue lidar com a perda melhor do que com a frustração. Pensando rápido, perda e frustração podem parecer bem semelhantes, mas se sentirmos a fundo, nós conseguimos ver que não.

Perdas são inevitáveis, machucam, doem, deixam cicatrizes, mas fazem parte dos ciclos da nossa vida. Já frustração, essa incomoda, parece até aquela farpa no dedo que você não consegue tirar. A frustração geralmente vem com a sensação de que “se” você tivesse feito algo diferente poderia ter acontecido o esperado ou algo diferente.
A perda dilacera, deixa você em pânico por um momento, mas o santo remédio “tempo” vem e faz com que tudo fique no seu lugar. A frustração atormenta, lateja e por mais que o tempo passe, sempre que você olhar para determinada situação o sentimento de incapacidade e insuficiência voltarão a sua mente e você ficará novamente frustrado.
Perdi um irmão, isso doeu, doeu demais e para ser sincera ainda dói muito, mas a ausência que a perda dele me trouxe foi algo com o que eu aprendi a conviver. O que me enlouquece ao pensar no Neto é a frustração de não ter estado mais perto quando pude, de não ter vivido momentos que poderia ter vivido ao lado dele. Fico frustrada porque a todo o momento esteve na minha mão a decisão de estar ou não mais perto dele e eu não estive.
Não sei se um dia a frustração vai passar, não sei se um dia eu vou entender esta perda, eu só sei que cada tombo que eu tomo é com a mão dele que eu levanto, porque se a perda dele não me fez desistir da vida, não vai ser qualquer perda ou frustração profissional ou emocional que me farão esquecer minhas metas e deixar de correr atrás dos meus objetivos.

Saudades eternas meu irmão...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Real

Hoje teria sido mais um dia comum, senão fosse o fato do GPS ter me jogado em uma rota que me fez chegar exatamente ao local em que ficamos pela primeira vez. Sei lá, há alguns anos terminamos, você refez sua vida, foi atrás dos seus sonhos, eu dos meus e o término brutal se encarregou de não deixar que tivéssemos contato. Mas no momento em que me deparei na rua daquele sítio, um turbilhão de lembranças me atormentaram e eu percebi que mesmos os anos tendo passado, muita coisa não havia mudado em mim com relação ao que fomos.

Nossa! Em 10 ou 15 minutos em que fiquei parada ali, me recompondo do susto, lembrei-me de tanta coisa, da nossa história, da aventura adolescente, das saídas da faculdade, do Aterro do Flamengo, do Arpoador, da Ponte Rio Niterói, das loucuras na Avenida Brasil e como não lembrar a praia do Leme. Tudo foi tão intenso, tão real, tão verdadeiro.  Apesar de saber exatamente os motivos que nos levaram ao final da relação, se eu pensar apenas no sentimento, no sexo e no prazer, ainda me pergunto como deixamos chegar ao final.
Será que algum de nós pode negar que éramos incríveis juntos? Quem de nós dois pode dizer que não foi tão intrínseco que palavras faltam para definir o sentíamos?
Curioso mesmo é entender o porquê eu nunca escrevi sobre essa relação, nunca coloquei para fora esse mar de sentimentos revoltos que guardo tanto tempo dentro de mim. Talvez eu não tenha escrito por você ter existido de verdade, por você ter feito parte da minha vida, por você ter sido o homem que eu achei perfeito para mim um dia.
Eu nunca soube lidar com o fracasso, talvez nunca aprenda, e com você eu mais que fracassei, eu perdi para mim mesma. É, eu não posso dizer que a culpa foi só sua, pois não foi e nunca será só sua. Eu errei, menti, enlouqueci tanto quanto você. Na tentativa de preservar o que tínhamos de melhor, deixamos nossos defeitos tão intensos quanto nossas qualidades enquanto um casal. No desejo insano de perpetuar o prazer e fazer com que aquilo fosse cada vez melhor, nos podamos, limitamos e calamos diante de situações e coisas que não podiam ser deixadas para trás ou as escuras.
Não sei ao certo o que sinto hoje, mas tenho a certeza de que ter você de volta não taparia esse vazio dentro de mim, não calaria esse desejo por sentir algo parecido novamente, não saciaria a necessidade de achar um encaixe tão perfeito quanto o nosso.
Será possível um homem e uma mulher serem tão completos e tão diferentes ao mesmo tempo?

Às vezes acho que o que vivemos foi um delírio da minha cabeça, mas a vida me mostra o contrário. Fotos, vídeos, amigos, tudo o tempo todo me mostra que foi real, e o pior, que eu sinto falta de  viver naquele ritmo.
Não sinto falta de você, sinto falta do que sentíamos. Será que existe algo melhor do que aquilo? Será que sou eu que não me permito sentir tudo novamente? Será que foi só uma relação imatura que marcou demais?
Certa vez ouvi que as palavras “e” e “se” separadas não causavam muito impacto, mas se juntarmos e encontrarmos na frase um “e se” devíamos ficar preocupados, pois o “e se” é o atestado de que você deveria ter feito algo e não vez, e essa dúvida poderá te atormentar por muito tempo, senão toda a vida.
Com você não houve “e se”, fiz tudo que podia e não devia fazer. Arrisquei mais do que eu podia aguentar e perdi mais do que eu estava disposta a perder. Porém, sou imensamente grata por me apresentar sentimentos e sensações que, até então, eu nunca tinha vivido. Sou grata por me mostrar que os meus sonhos são mais reais do que eu penso. Sou grata, principalmente, por me expor exatamente tudo aquilo que eu não quero ser. É, porque se eu amasse de fato você e não o que nos tínhamos juntos, eu teria ficado naquela relação doentia. Com você eu acertei o ponto, mas errei o passo. Encaixei na cama e tropecei no dia-a-dia. Construí uma casa, mas esqueci de fazer os muros para cercá-la....

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tive notícias suas


Há algumas semanas nos encontramos, nos falamos, nos abraçamos cordialmente como a ocasião pedia, mas ainda que o tempo tenha passado, senti minhas pernas tremerem, as palavras faltaram e mais uma vez o tratei com mais distância do que eu devia. Por mais que eu tente não posso esquecer seus laços, suas escolhas e o que eu sei da sua vida.
Desde aquele dia, tomei a decisão de que não mais iria pensar ou alimentar essa loucura que sinto por você. Loucura sim, porque amor deve ser algo bem diferente.
Eu não tive atitude quando deveria, então hoje só me resta aprender a desgostar de você, a não querer você, a ver um post seu no Facebook e não comentar e quando você comentar uma foto ou frase minha, não pensar que em algum momento do seu dia você pensou em mim.
Eu juro que estava conseguindo, estava quase tudo ficando normal, ou melhor, no seu lugar. Até ontem quando eu tive notícias suas. Soube que esteve mal e meu coração ficou tão apertado. Queria tanto ter estado ao seu lado, te abraçado e dito: “Não sairei do seu lado. Tudo ficará bem”.
Ao mesmo tempo lembrei também que alguém estava do seu lado, que alguém cuidou de você. Eu sempre soube da existência desta pessoa, é só por ter consciência disso que nunca me insinuei para você, mas saber que em um momento de dor você só pensou nela doeu, como doeu.
Doeu também saber que você teve notícias minhas, soube da fase que estou passando e só balançou a cabeça e disse: “Legal...”. Pois é, acho que esses acontecimentos só ratificam o que sempre foi claro para mim: Você nunca foi, não é e nunca será meu”. Você só foi alguma coisa nos meus sonhos, nos meus pensamentos, nas minhas palavras e nos meus textos.
Da nossa relação só me restam os textos, pois só neles existimos, só neles acontecemos e só neles eu fui feliz com você. De resto, fica a realidade, fica o vazio, fica a esperança de sentir por alguém o que sinto por você hoje.
E esse, também foi para você....

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

(Sa) fadas

Acontece uma coisa aqui, outra ali. A gente dá aquela mordidinha na boca de inveja e, inevitavelmente, acaba se perguntando: Por que as mulheres ditas “safadas” parecem mais felizes? Mais amadas e desejadas pelos seus companheiros?
Pesquisando no dicionário, encontrei duas definições muito curiosas que talvez dêem respostas aos meus questionamentos, são elas:

- Fada: Ser imaginário representado numa mulher dotada de poder sobrenatural. / Mulher notável pela graça, espírito, bondade e beleza. / Destino, auspício.

- Safada: Vulgar, fácil, oferecida. O termo safada também se refere a mulheres de baixo calão.

Não respeitando muito as regras sintáticas e morfológicas da língua portuguesa, tão pouco as operações matemáticas, façamos uma análise:

A palavra safada contém a palavra fada, logo, se juntarmos as duas definições encontramos a seguinte descrição:

- Safada: Ser imaginário representado numa mulher dotada de poder sobrenatural. / Mulher notável, fácil, oferecida. O termo safada também se refere a mulheres de baixo calão.

Aí eu até concordo que aquela mulher bonita, na verdade, gostosa que sabe o que quer, que não tem medo de sair com o colega de trabalho mesmo sendo casada, que não liga de pegar todos os colegas da faculdade, que faz sexo quando quer, com quem quer e até quando ela quiser, que não ligam para os rótulos que receberão da sociedade, que, literalmente, gozam a vida possam ser chamadas de safada. Elas são livres, e como eu já disse, a liberdade é tranquila.

Com esta definição, ouso até a propor uma nova escrita para a palavra: (sa) fada. Afinal, elas encantam, têm um poder sobrenatural de ter o homem que quer, ela é sempre notada, fácil e se oferece sem nenhum pudor. Ela até pode ser confundida com uma qualquer, mas sempre tem aquele homem que faz loucuras por ela. Sempre tem aquele homem que diz que ela é a mulher da vida dele, arruma barraco se alguém sugere que ela não presta e rompe relações com o melhor amigo só para não arriscar perdê-la.

Ai você vai dizer que para ser (sa) fada não precisar ter seus poderes e encantos?

Quem não tem esses dotes e tenta ser (sa) fada vai acabar se apaixonando pelo chefe, namorando com o primeiro otário que pegou na faculdade e o pior, ficará frustrada porque nunca assimilará bem as marcas que o sexo sem compromisso deixa no seu corpo e na sua mente.

Minha grande dúvida é: eu as admiro ou as odeio?

Certo é que eu admiro a firmeza, a decisão, a precisão e a ousadia delas. Já saber o que eu odeio é mais complicado, sou impregnada pelos conceitos culturais e hábitos da sociedade que vivo, involuntariamente repudio muitas das atitudes, mas no fundo do meu ser, naquela parte da mente em que nada é absoluto e tudo é questionável, eu me pergunto quem de fato está certo ou errado?
 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Esse é para você 2....

Escrever para você não é difícil, até porque não consigo te esquecer. Em alguns momentos eu queria não lembrar.
Eu queria não sentir
Eu queria não desejar
Eu queria não suportar esse sentimento e deixar de sufocá-lo
Eu queria não calar
Eu queria não ser covarde
Eu queria não ser quem eu sou
Eu queria, simplesmente, que nada do que eu sinto um dia tivesse existido.
Contudo, isso é impossível, tudo me faz lembrar VOCÊ
Meu desejo lembra você
Meu corpo, mesmo nunca tendo sido seu, lembra você
Meu trabalho lembra você
O mar me lembra você
Abrir um livro me lembra você
O carro me lembra você
O corredor do hotel lembra você
Viajar lembra você
Olhar-me no espelho lembra você
E até um evento corporativo lembra você
Talvez, o sentimento que sobrevive dentro de mim, seja o que há melhor na minha existência.
Talvez eu ainda não tenha te substituído por outro amor bilateral pelo simples fato de eu não querer.
Certeza de que um dia você será meu e corresponderá o que sinto eu não tenho, mas eu tenho certeza que desta vez, você saberá que é VOCÊ.
Quando você souber que é VOCÊ se entregue, permita-se, viva pelo menos um dia o que eu sinto e depois me diga se “NÓS” não valeu a pena.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Por que se fala tanto em sacanagem?

É incrível a necessidade que as pessoas têm de falar de sacanagem. Você passa o dia todo com gente que nem abre a boca para dizer bom dia, mas se alguém fala de sexo, esse cidadão logo socializa e passa a fazer parte do diálogo como profundo conhecedor do assunto.
Queria entender isso. Será que o povo faz tudo isso que fala?
Se for verdade, todo mundo é infiel, todo mundo tem no mínimo três amante e, o mais difícil de acreditar, faz sexo todo dia e mais de uma vez.
Acho que nem o Viagra garante tanta potência assim...
Segundo o site da Revista Isto é: “A empresa britânica de preservativos Durex fez uma pesquisa mundial sobre a frequência com que as pessoas transam. Entrevistou homens e mulheres de 41 países. O Brasil ficou em 32º lugar. Os franceses são os que mais transam: em média, 137 vezes por ano. Os brasileiros têm anualmente, em média, 96 relações. Mas a qualidade da vida sexual é boa no Brasil: 51% das pessoas ouvidas declararam que têm orgasmos, bem acima da média mundial, que está em 35%” (http://www.istoe.com.br/assuntos/semana/detalhe/9932_BRASILEIRO+TRANSA+MENOS+MAS+GOZA+BEM+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage).
Bem, avaliando os dados da pesquisa dá para concluir que fala-se muito e faz-se pouco, correto?
Mulheres vamos para a França, afinal, já que é para ser traída, pelo menos lá o cara irá comparecer mais. Pensem comigo, se os brasileiros transam 96 vezes por ano (365 ou 366 dias/ano) e ainda precisaremos dividir isso com as amantes que eles vivem “dizendo” para os amigos que têm. Faremos sexo menos de 50 vezes durante o ano todinho. Se em um dia rolar mais de uma vez, estamos ferrada, poderemos resumir nossa vida sexual em 25 dias ativos.
Ficou ruim para gente, né?
Tirando a solução de ir morar na França, nos resta aderirmos a moda deles, ou seja, o mundo é infiel e fazemos parte dele!!!! Rs

Fidelidade é um assunto muito complexo, nos deixa anciosas (os) e acabamos comendo mais. Melhor esquecer o assunto e voltar para minha dieta. Eu continuo querendo saber: Para você, o que é uma semi-gorda!?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O descontrole do recomeço

Recomeçar é uma palavra interessante, forte, marcante e intensa. Costumava pensar que todo recomeço tinha seu início depois do ponto final colocado em uma relação, seja ela amorosa, profissional, familiar ou amigável.

Ultimamente eu tenho pensado que o recomeço de fato se inicia quando decidimos por o ponto final e não quando o colocamos de fato, entendem?

Tipo, quando realmente concluímos que determinada relação está falida, o ponto final é evidente, entretanto, o ato de finalizar não. O tempo que isso vai levar já é o início do recomeço. Deste ponto em diante que, a meu ver, começam os descontroles. Claro que em toda relação há destemperos, desesperos e insensatez. Sendo que as relações não platônicas são vividas por 2 (em alguns casos mais de 2) pessoas e o descontrole duplo ou coletivo tem efeitos mais amenos se considerarmos que dividimos a responsabilidade da loucura.

Descontrolar-se com você mesmo é mais que enlouquecedor, é torturante, é como dar um soco em você mesmo, é um processo e auto-traição.

Imagine que você tenha uma história de amizade, emprego ou amor legal, tranquila, na medida do possível harmônica, sem o único adjetivo realmente necessário a sobrevivência de tal relação, ou seja, ela não é ideal para você. Daí você se convence que fracassou, quebrou e que não dá mais para insistir. Para mim, neste momento começou uma nova etapa, o ponto final chegou seguido do parágrafo para uma nova história. Entendido isso, começam as viagens, loucuras, neuroses e tudo aquilo que eu prefiro resumir como “descontrole”.

Entramos numa de que precisamos preparar e estar preparada para comunicar a outra pessoa da relação que algo ficou ruim e que não dá para tentar arrumar, que não queremos mais e acabou. Ensaiamos o famoso “esse é o fim da linha”.

Enfim dizemos o que tem que ser dito e ao invés do alívio, tranqüilidade e paz que tecnicamente sentiríamos ao tirarmos aquele peso das costas, surge a euforia, parece que você quer abraçar o mundo todo e dizer: “Acabou, não me sinto mais incomodada com isso ou aquilo, vida nova!”.

A euforia dura pouco e imediatamente vem o questionamento de que se tal decisão foi de fato acertada, adequada e oportuna. Nos casos do namoro, pelo menos eu, tenho a enorme capacidade de focar só nos momentos bons e ficar pensando: “Putzs, peço, peço, peço e quando Deus me dá, eu sempre arrumo defeitos”. Sei lá, tenho a habilidade de neutralizar os pesares e só pensar nos prazeres nesta fase. Como todo descontrole, meio que como um transtorno bipolar, passamos a pensar que foi a melhor coisa que fizemos, que tudo começou a fluir a partir deste momento.

Essas oscilações podem demorar muito a passar, a mudança de etapa para a segunda fase do recomeço parece que nunca se conclui, e quando você finalmente chega a parte 2 da história, você vê que o que podia melhorar, conseguiu ficar pior ainda. Neste momento precisamos aprender a conviver com a solidão e gostar de nós mesmas. Difícil, né?

Quando estamos sozinhos conseguimos achar graça em pessoas, atividades e coisas que em qualquer outro momento de controle nunca olharíamos ou daríamos atenção. Depois nos lamentamos nos fazemos perguntas óbvias como: “O que eu fui fazer ali?” “Nossa! Eu achei isso interessante?”, “Como me envolvi com esse tipo de pessoa?” e outras perguntas neste gênero.

Passada a fase de auto-flagelação, vem a que talvez eu julgue a mais difícil, deixar sua cabeça, corpo e atitudes organizadas da maneira que você quer. Chega a hora de tomar as rédeas da situação, planejar e agir.

Não sei vocês, mas neste ponto do recomeço, meu descontrole aflora loucamente. Olho no espelho e me acho o bagaço da laranja de pois de 3 dias largado na pia, começo a divagar sobre um assunto e acho que não tenho consistência acadêmica para tal,  olho para minha família e acho que sou ausente demais, enfim, me sinto igual lixo que passou pela coleta seletiva, fico revirada, com minhas partes espalhadas, sem saber por onde começar a arrumar a bagunça. Acho que tudo demora a acontecer na minha vida e deprimo totalmente.

Porém, depressão é algo que não se adéqua ao meu poder aquisitivo, ficar deitada, comento chocolate, tomando antidepressivo e enchendo a cara de vodka, não é permitido, ai de mim não sair de casa para ganhar o pão de todo dia. Pão não porque engorda, ganhar o guaraná zero de todo dia.

Essa obrigação acaba por me ajudar, começo novas dietas, arrumo mais um curso para fazer, planejo mais uma viagem, extrapolo um pouquinho no cartão de crédito e quando escuto o primeiro elogio, seja ele intelectual ou físico, fico toda serelepe!!

Passada a depressão e para fechar essa etapa do recomeço, começo a pesar os erros e acertos, ajustar minhas atitudes, aparar as arestas das palavras, rever reações e domar meus instintos. Recomeço de fato a andar na linha que saí quando me perdi dos meus ideais, dos meus objetivos.

Deste ponto em diante eu considero que o recomeço acabou e o que começa agora é o início de um novo fim.

Não me entendam mal, não digo que começará outra relação que em pouco tempo terminará novamente. Pode ser que o fim seja o dia em que um dos envolvidos morra, que a empresa abra falência, etc., o fim pode ser um período afastado, enfim, fato é que começa o início do fim de um ciclo. Há pessoas que possuem a fantástica capacidade de recomeçar sempre com as mesmas pessoas, eu, felizmente ou infelizmente, ainda não sou dotada deste dom. Quebro a cabeça, abro novas portas, se preciso arrombo janelas, mas olho sempre em frente.

Saber que caí é diferente de apenas sentir a dor da queda. Saber que caí e ter a certeza de que em algum momento eu poderia ter sido melhor, mas se ainda estou viva, é porque tenha a oportunidade de refazer, recriar e viver um final diferente.
 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para os meus amigos: Feliz dia do verdadeiro amigo!!

Escrever sobre amizade é tão complicado. Geralmente quando escrevemos sobre pessoas que gostamos tendemos a mentir, o amor faz com que nos poupemos da dor e façamos das lembranças boas a absoluta verdade de qualquer relação.

Eu, sinceramente, não pretendo mentir neste momento.

Todo mundo idealiza amizades, constrói castelinhos lindos para montar suas histórias e, às vezes, esquece do detalhe mais simples e puro da amizade, a verdadeira lealdade.

Acho que as amizades de verdade não se constroem através de um formula mágica, o que constrói e fortalece uma amizade é a LEALDADE que um indivíduo tem pelo outro.

Acho mentira dizer que um amigo não espera nada em troca. Pelo menos eu espero!

Eu espero que me ligue, que se preocupe comigo, que me queira bem, que me queiram perto, que me falem a verdade, que me alertem quando preciso e que contem comigo.

Já sofri muito tentando entender porque amizades da época do colégio sem mais nem menos deixaram de existir. Porque pessoas com as quais eu falava todos os dias sumiram e nunca mais deram notícias.

Já chorei ao passar por um antigo amigo na rua, cumprimentá-lo e ver que a pessoa responder sem sequer lembrar-se de onde me conhecia.

Enfim, no dia do amigo é muito fácil falar da beleza da amizade, da magnitude do sentimento e da força deste laço que se estabelece sem motivos lógicos aparentes.

Porém, sempre tem um porém, eu decidi fazer diferente. Eu vou agradecer a amizade, dedicação e lealdade daqueles amigos que sempre, independente da distância, dos rumos que as nossas vidas tomaram, dos tropeços, dos acertos, dos contratempos e de todas as possíveis justificativas para nos afastarmos, se fazem presente na minha vida de alguma forma.

Para manter o sigilo, vou poupar os nomes e homenageá-los no melhor estilo “Abecedário da Xuxa”. Tenho certeza que cada um de vocês saberá identificar qual frase o pertence.



Obrigada minha amiga “A”, que esteve comigo durante momentos difíceis como minha separação, momentos inusitados como aqueles que panfletamos na zona sul, que com seu jeito agitado e encantadoramente enlouquecedor, sempre dá um jeitinho de ligar ou mandar uma mensagem para saber como estou.



Obrigada meu amigo “AA”, nossa amizade dispensa comentários. São mais de 10 anos de brigas, abraços, choros, risos, tombos de moto etc. A gente pode resumir nossa amizade em uma trecho da música do Nando Reis: “Por onde andei, enquanto você me procurava....uuuuhhhhh”.



Obrigada meu amigo “B”, que apesar do seu nome começar com “R”, seu apelido é tão gostoso quanto nossa amizade. Leve, descontraída e muito, muito fofa!



Obrigada minha amiga “C”, que entre aulas, chopps, trabalhos, partidas de futebol, paixonites de adolescentes e papos cabeça de mulheres, permitiu que nossa amizade perdurasse aos tempos de escola.



Obrigada minha amiga “E”, talvez você seja a amiga com menos tempo de casa, mas me proporcionou uma emoção enorme ao dar-me a hora de ser sua madrinha.



Obrigada a minha amiga em potencial “F”, nos conhecemos de uma maneira diferente, mas não é que aquele processo seletivo está rendendo uma bela amizade.



Obrigada meu amigo “M”, você veio como cunhado, mas o cunhado foi e o amigo está aqui até hoje, graças a Deus!



Obrigada meu amigo “P”, você talvez me conheça melhor que a mim mesma. Talvez seja aquele que mais sofreu com minhas loucuras, pois sempre foi capaz de imaginar o quanto eu me arrebentaria em cada tombo. Para você o muito obrigada é pouco. Eu te amo!



Obrigada a todos os amigos e amigas “R”, tenho sorte com essa letra. Dá para montar um time de futebol de salão com os amigos e amigas “R”. Uma coisa todos vocês têm em comum, o período em que nos conhecemos. Não nos conhecemos na infância, nem na adolescência, todos nós já nos conhecemos adultos. Talvez seja por isso que nossa amizade seja tão serena, tranquila e duradoura.



Obrigada minha amiga “T”, mesmo não fazendo mais parte da minha vida. Nossa amizade foi tão linda que só as lembranças já valem meu agradecimento.



Meu alfabeto não tem todas as letras e talvez nunca tenha, mas o importante é que, para mim, ele está completo.

Obrigada a todos vocês por fazerem parte da minha vida!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu tento....

Tento não pensar.

Tento ter paciência.

Tento deixar as coisas acontecerem.

Tento entender que ninguém é igual a ninguém.

Tento não esperar que outras pessoas tomem as atitudes que eu tomaria em determinadas situações.

Tento ter paz.

Tento compreender.

Tento relevar.

Tento emagrecer 10 quilos.

Tento muito calar.

Tento esquecer.

Tento não imaginar.

Tento abandonar a angústia.

Tento romper com a saudade.

Tento ignorar o vazio.

Tento aplacar a solidão.

Tento ter coragem.

Tento sentir prazer nas pequenas coisas.

Tento não me sentir vazia.

Tento não me fechar para o mundo.



Tento, e como eu tento.



Minha vida consiste em grandes tentativas incessantes de extasiar o desejo de “sempre mais”. Tentativas avassaladoras de contentar-se com o agora. De viver o momento e simplesmente aproveitar.

Dizem que signo tem haver com temperamento. Todo descritivo do meu signo diz que aquariano é livre, é maravilhoso, é desprendido, é sensacional, enfim, é o melhor signo do zodíaco.

Estou tentando achar todos esses adjetivos na minha pessoa, mas está complicado.

Sabe aquele dia que você se sente gorda, feia, nada interessante e que ninguém parece olhar para você?

Aquele dia que você tem total convicção de que sua vida está morna demais, para não dizer fria?

Aquele dia em que você tem vontade de chutar o balde em alguns campos e pagar pra ver?

Pois é, estou nestes dias. Tirando o meu trabalho que está me dando muito prazer, o resta está só seguindo o curso.

O pior é que nem posso comer um chocolate ou tomar umas cachaças. O chocolate engorda e a cachaça vai cortar o efeito do antiinflamatório.

 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Insana

Meu olhar, seu olhar, o desejo.
A música, o ensaio, o ensejo.

A aproximação, alucinação, o encaixe.
A certeza, o impulso, o enlace.

A fuga, o lugar, o ato.
A intensidade, veracidade, o fato.
Minha boca, seu abdômen, o tremor.
Sua boca, minha coxa, o ardor.

Sua mão, meu peito, a sede.
Minha mão, seu pescoço, o desfecho.

Intenso, rígido, absoluto.
A vontade de cada vez ir mais fundo.
Carícias, arrepios, delícias.
No escuro, no lugar, no mundo.

O ato, em si, é insólito.
O orgasmo, por si, é inebriante.

Querer, buscar, ter.
Sexo, amor, prazer.

Uma mistura intrigante, intrínseca, intensa.
Inesquecível, inexplicável, inesgotável.

Uma noite, um momento, um minuto.
Um sentimento devasso que de maneira profana nos conduz ao absurdo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Hoje eu não vou falar de amor...o assunto é sexo mesmo.

Aquele sexo sem compromisso, sem cobranças, sem marcações, do bom e sem preconceitos. Aquele que acontece por acaso, dura o tempo necessário e marca nosso corpo e nossas lembranças da maneira mais indecente possível.

Eu relutava muito em desvincilhar o sexo do amor. Sempre achei que um completava o outro, que não era possível fazer sexo sem ter nenhum sentimento pela pessoa. Contudo, o tempo passou e, como sempre, me ensinou mais uma coisa.

Sexo é bom por si só, não precisa de amor para acontecer. Precisa de tesão, desejo, atração, química, clima e oportunidade. Não necessariamente nesta ordem e com todos os itens. Fato é que ele sempre acontece. Seja o sexo casual ou eventual, sexo por sexo existe sim e, às vezes, os tipos de relações exclusivamente sexuais duram muito mais tempo que relações banhadas em amores intensos e verdadeiros.

Conheci uma mulher que disse que praticava sexo eventualmente com estranhos porque amava demais seu marido e fazia isso para não terminar o casamento que sexualmente já era falido.

Há também casos de pessoas que alimentam amores e relações duradouras com escapadinhas para sexo casual com pessoas que nunca viram e/ou verão novamente na vida.

Tendo conhecimento disso, como eu, simples mortal cheia de desejos, sonhos e fantasias, poderei dizer que sexo sem amor não existe?

Tem gente que fala que faz amor e não faz sexo. Sei lá, acho difícil isso acontecer. A gente faz sexo só por prazer até com quem a gente ama.

Vai dizer que não teve aquele dia que você pego seu namorado (a), esposo (a) ou amante de jeito, sem pensar muito em nada, com aquela pegada que o não fica totalmente sem sentido, com aquele beijo que falta de ar é pouco para definir, aquela passada da boca pelo pescoço de revirar os olhinhos, aquele apertada ou arranhão nas costas de enlouquecer qualquer um e porque não aquela puxada de cabelo intensa, mas sem machucar?

Enfim, você pegou seu parceiro (a) chamou para o “vamos ver” e em nenhum momento pensou: “Como eu amo essa pessoa! Ele (a) é a mulher (homem) da minha vida!”?

Claro que já existiu!

Tenho a seguinte pergunta para essas pessoas que só fazem amor: Se você só faz amor e não faz sexo. Responda para mim se você faz amor, no sentido do envolvimento carnal, com todas as pessoas que julga amar?

Claro que não. Quando a gente ama alguém a gente faz amor a todo momento, pois acredito que cada gesto em direção desta pessoa motivado pelo sentimento que nutre por ela deva ser considerado “fazer amor”. Se você ama um amigo e se preocupa com ele, você está fazendo esse amor amigável acontecer. Se sua mãe cuida de você mesmo depois de ter saído de casa, ela está fazendo esse amor maternal acontecer.

Amor é amor. Sexo é sexo!

Como diz o Arnaldo Jabour: “Amor é divino e sexo é animal”.

Pelo menos uma vez em sua relação você não quis amar, você desejou transar sem pudores, sem depois, só com o agora delirantemente provocante.

Pois é. Sexo é sexo e todos nós fazemos. Só espero que todos nós façamos muito!!

A vida é muita curta para pudores e falsos moralismos. Curta, viva, sinta e goze em todos os momentos possíveis. Rir de tudo é impossível, mas podemos tentar, não é?

domingo, 10 de julho de 2011

Efeito Paraty

Tem coisa que acontece e a gente nem se dá conta, não programa, não premedita, simplesmente flui. Relações tomam rumos diferentes dos que idealizamos, amizades deixam de existir, amores congelam, paixões se tornam coisas de adolescentes e tudo parece ficar ligado no piloto automático, sabe?

Amadurecer é complicado, porém me recuso a acreditar que ser adulta, consciente e madura consista na atividade chata de se conformar com as coisas, se adaptar as pessoas e administrar imparcialmente os sentimentos.

Gosto de sentir a vida. Gosto de gozar cada minuto, mesmo que ele seja de dor.

Penso que se for para sofrer, que seja relevante. Se for para sorrir, que seja espontâneo. Se for para calar, que seja em benefício de todos. Se for para gritar, que seja bem alto. Se for para amar, que seja intensamente. Se for para odiar, que seja rápido. Se for para acontecer que seja agora.

Não quero ficar aqui parada, estagnada, na dúvida de como seria dar o passo seguinte.

Não quero olhar para mim e ver tudo o que poderia ter feito, prefiro olhar e dizer: “Cara, você não precisava ter feito isso!”.

Sei lá, acho que ir a Paraty me fez voltar um pouco no tempo. Lembrei de um período da minha vida que algumas coisas estavam em ordem, mesmo eu achando que não.

Naquela época eu desejava, eu queria, eu sonhava com mais inocência. Eu acreditava que algumas coisas existiam de verdade e que era questão de tempo eu conquistá-las.

Há 3 anos eu sentia a vida, eu pulsava junto com ela. Hoje eu sigo a valsa do amadurecimento e me pergunto se vale amadurecer e ser uma pessoa esclarecida.

A pessoa ignorante (refiro-me no sentido de não ter conhecimento e clareza sobres às coisas) é feliz. Ela é livre do compromisso de fazer a coisa certa e a liberdade, por sua vez, é tranquila.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Casamento X O sonho de casar

Ultimamente eu tenho pensando muito no assunto “casamento”.  Lembro que quando eu era bem novinha, por volta dos 8 ou 9 anos, eu brincava de casinha com minha prima e meu primo. A estrutura era sempre a mesma, papai, mamãe e filha. Minha prima e eu alternávamos nas personagens mãe e filha. O pai saia cedo para trabalhar, a mãe levava a filha para a escola, arrumava a casa e fazia comida. Nesta época eu não ligava muito para o assunto casamento, era só uma brincadeira inocente que espelhava o que nós víamos em casa.

Quando cheguei à adolescência e começaram os namoricos, essa história de casar e construir uma família começou a passar pela minha cabeça, mas meio que como um conto de fadas. A questão é que o conceito que eu tinha de casamento era bem diferente. Tudo era muito bonito, romântico, problemas existiriam, mas o final sempre seria feliz. Trabalho, marido e filhos em perfeita harmonia. Eu idealizava o meu marido como aquele príncipe encantado dos filmes enlatados que assistimos no Telecine Pipoca. O amor da minha vida seria lindo, alto, bem sucedido, simpático, enfim, quase um Deus, ou melhor, semi Deus, afinal, seria meu “grande amor” e companheiro.

O tempo passou, tive meu primeiro amor, o segundo, o terceiro, resumindo, tive experiências mais sólidas e consistentes, o sonho de casar permaneceu em minha mente, mas a ideia do que um casamento é mudou consideravelmente. Passei a entender que nem tudo seriam flores e o importante era achar um homem legal, íntegro, honesto, trabalhador, que me ame e se esforce para me ver feliz.

Sonhos...

As aspirações sobre casamento sempre foram sonhos. Hoje, a possibilidade do sonho se tornar real é bem grande, mas a dúvida também é bem grande.

Homens legais surgem e querem ficar em nossas vidas e será que estamos preparadas para pular do sonho para a realidade?

Eu entro em conflito quando tento responder a pergunta acima. Casar, vida a dois, dividir tudo, felicidades, tristezas, a rotina diária, as contas, as viagens etc.

Confesso que até hoje acho uma festa de casamento bem organizada emocionantemente linda e confesso também que eu não quero passar a vida sozinha, mas não sei se quero dividir todo meu mundinho com outra pessoa.

Ouço as pessoas darem tantos diagnósticos e respostas rápidas para as minhas questões que, sinceramente, não sei se posso dar credibilidade a tais soluções e justificativas.

Será que ainda não amei de verdade? Ou amei demais e sofri demais com a perda?

Será que casamento com amor e felicidade na prática existe?

Será que eu não nasci para casar?

São tantas dúvidas...

As vezes acho que eu ainda sou a adolescente esperando pelo príncipe, a única diferença é que eu sei que ele não existe, entretanto a ideia de esperá-lo alimenta as relações reais que eu tenho.

Certeza mesmo é que eu adoraria entrar na igreja deslumbrante com todos os olhares voltados para mim, fazer uma recepção inesquecível e ter um daqueles álbuns em que eu parecerei uma modelo profissional.

É, a festa eu quero. Dá para fazer só isso?

O resto do pacote não estou tão certa se quero levar para casa. Só o álbum e as lembranças da festa, a princípio, me bastam.
 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Intensa

Tenho ouvido de amigos leitores dos meus textos que eu escrevo de maneira intensa. Fiquei pensando, será que sou intensa também em outros campos? Será que esse seria um adjetivo apropriado para mim?

Busquei no dicionário e encontrei a seguinte definição para a palavra intenso: “adj. Que tem muita força: calor intenso. Considerável: atividade intensa. Veemente, forte”.

Os textos são intensos, não por eu achar isso, mas por despertar nas pessoas sentimentos intensos. Sinceramente, não sei se sou intensa, porém, tem algumas coisas que, mesmo com o passar do tempo, não consigo e talvez não queira mesmo mudar de ideia.

Prefiro o choro a ficar na dúvida de como poderia ter sido bom.

Prefiro que as pessoas tenham uma opinião sobre mim, mesmo que negativa, a que ninguém nem saiba da minha existência.

Prefiro perder uma amizade a calar-me diante de um erro de uma pessoa querida.

Prefiro dizer que não sei ou não entendi a ter sempre o controle da situação.

Prefiro lealdade à fidelidade, só não sei dizer certamente se uma existe sem a outra.

Prefiro chegar aos 30 anos sendo solteira e sem filhos do que viver uma relação infeliz, sustentada por um status ao invés de amor.

Prefiro ser a exceção a viver em uma regra que não me faz feliz.

Prefiro não preferir nada a saber que para estar em determinado lugar desrespeitei, humilhei, menti e passei por cima de pessoas, mesmo que essas pessoas não tenham um bom caráter. Acredito que nada que queiramos de bom deva passar pelo caminho do mal. Se é bom, não pode lesar ou agredir ninguém.

Prefiro ser livre e viver com menos platéia ao meu redor a esconder minhas opções e adequar-me a grupos.

Não sei se tenho uma ideologia, mas sei bem o que não quero e também sei que posso mudar de ideia a qualquer momento. Posso voltar atrás, posso ir mais a frente, posso ficar parada, enfim, o importante é ter consciência das escolhas e no meu caso, prefiro ficar com as que forem mais intensas.



domingo, 19 de junho de 2011

Tempo, tempo, tempo, tempo....

E quando o tempo não resolve?

As horas passam, os dias passam, vão meses, anos e nada, nada muda. O que a gente faz?

Será que o tempo resolve tudo?

Que ele é senhor do destino eu não nego, entretanto, atribuir a ele a capacidade de resolver problemas, cicatrizar feridas e, principalmente, apagar da memória coisas que queremos e não conseguimos esquecer, já é demais.

Fato é que o tempo deixa tudo no lugar. O tempo ratifica o que não pode ser apagado, enfatiza o que deve ser lembrando e nos dá tempo para vivermos todos estes sentimentos, confusões, ilusões, delírios e sensações que fazem parte da vida.

Temos que ser gentis com o tempo, saber dosá-lo, dividir e, às vezes, parar para registrar momentos que ele mesmo tenha deixado passar.

Ter tempo é necessário e há tempo para tudo, para amar, para brigar, para comer, para fazer as pazes com seu “Deus” ou seus “Deuses”, para dormir, para esperar, para correr, para malhar, para não fazer nada, enfim, o tempo está sempre correndo e nós somos os principais responsáveis em tornar essa valsa do tempo harmônica e agradável às nossas vidas.

Faz pouco tempo que aprendi que preciso dar tempo ao tempo. Aprendi que, às vezes, precisamos dar uma volta um pouco maior do que a que queríamos para alcançar o nosso objetivo. Mas o que eu aprendi de verdade, é que não vale a pena ficar angustiada porque as coisas não aconteceram do jeito que eu queria no tempo que eu queria. Tudo vai acontecer no tempo certo, no tempo que eu estiver preparada para encarar as situações com maturidade.


Levei 26 anos para aprender isso, acho que faz parte do tempo que levamos para crescer, faz parte do processo de ser gente grande, faz parte do tempo que precisamos para entender que a felicidade não se constrói, simplesmente existe e necessitamos apenas de deixar o tempo fazê-la livre e constante.

O passar do tempo é tranquilo, assim como a liberdade é uma questão de opção e a felicidade esta presente em todos os minutos dos nossos dias.


terça-feira, 14 de junho de 2011

Esse é para você......

Você que foi e é minha paixão.

Você que me fez várias vezes esquecer as palavras e só responder com a cabeça.

Você que me fazia tremer quando me abraçava.

Você que é quem eu vejo quando fecho os olhos, quem eu penso quando estou comigo mesma, que eu sinto quando passo a mão no meu cabelo.

Você que é perfeito nos meus sonhos, mas que deles nunca saiu.

Você que tem todos os defeitos do mundo, e ainda sim faz com que eu viaje na ideia de estar ao seu lado.

Você que nunca saberá do meu amor, mas que no meu amor, você é todo meu.

Você que mesmo não sabendo o que causa em mim, em alguns momentos também desejou me ter.

Você que me deixa  sem ação ou reação.

E por que escrever para você que possivelmente não saberá da minha paixão oculta?

A resposta é fácil. Porque aqui, no meio das palavras, posso permitir-me chamarmos de NÓS.

Por mais que as palavras documentem meu desejo, o anonimato do “NÓS” nos permite ser um casal.

Aqui eu posso dizer que nós seríamos perfeitos, que nos encaixaríamos de uma forma tão mágica que nada nem ninguém poderia nos separar.

Escrevo porque aqui eu posso alimentar a ilusão de que um dia você deixará de ser um desejo e passará a ser uma realidade.

Ouso a dizer que aqui nossa história existe, aqui você é meu, aqui nós deixamos de ser dois “quase” desconhecidos para nos tornarmos amantes vorazes, apaixonados descontrolados e um homem e uma mulher que se completam.

O pior de tudo é saber que “nós” só existimos aqui. Unidos pelas palavras, interrompidos por virgulas e separados por parágrafos. O ponto final funciona como uma sirene que me desperta e transporta para o mundo real.

Fato é que nunca saberei o gosto do seu beijo, a intensidade do seu toque e o calor do sexo. Nunca saberei se um dia a minha voz te fez tremer, meu corpo te fez suar e meu toque te fez delirar como o clímax de uma daquelas noites intensas de amor.

Bem mais que o tempo que eu perco ao alimentar essa loucura que eu sinto por você, causa-me muito mais aflição sentir que o tempo passou e VOCÊ ficou e talvez para sempre ficará na minha mente, no meu corpo e no meu coração como uma lembrança que nunca existiu.

Talvez você nunca devesse sair dos meus sonhos, pois caso saísse, correria o risco de ser mais um que passou pela minha vida. Deixaria de ser tudo isso que eu idealizo que seja.

Não sei se você existe além dos meus pensamentos, não sei se o rosto que vejo é apenas a imagem de alguém que poderia ser, mas que de fato não é. Se é um homem comum que eu utilizo para personificar alguém que nunca existiu e que nas atitudes deste homem, que nunca poderá ser meu, torno parte do meu sonho uma realidade.

Se é amor, paixão, excitação, desejo ou simplesmente uma loucura, eu não sei. Só sei que é bom, é intenso, é indecente, é alucinante, é sufocante, é embriagador, enfim, é VOCÊ!