domingo, 10 de julho de 2011

Efeito Paraty

Tem coisa que acontece e a gente nem se dá conta, não programa, não premedita, simplesmente flui. Relações tomam rumos diferentes dos que idealizamos, amizades deixam de existir, amores congelam, paixões se tornam coisas de adolescentes e tudo parece ficar ligado no piloto automático, sabe?

Amadurecer é complicado, porém me recuso a acreditar que ser adulta, consciente e madura consista na atividade chata de se conformar com as coisas, se adaptar as pessoas e administrar imparcialmente os sentimentos.

Gosto de sentir a vida. Gosto de gozar cada minuto, mesmo que ele seja de dor.

Penso que se for para sofrer, que seja relevante. Se for para sorrir, que seja espontâneo. Se for para calar, que seja em benefício de todos. Se for para gritar, que seja bem alto. Se for para amar, que seja intensamente. Se for para odiar, que seja rápido. Se for para acontecer que seja agora.

Não quero ficar aqui parada, estagnada, na dúvida de como seria dar o passo seguinte.

Não quero olhar para mim e ver tudo o que poderia ter feito, prefiro olhar e dizer: “Cara, você não precisava ter feito isso!”.

Sei lá, acho que ir a Paraty me fez voltar um pouco no tempo. Lembrei de um período da minha vida que algumas coisas estavam em ordem, mesmo eu achando que não.

Naquela época eu desejava, eu queria, eu sonhava com mais inocência. Eu acreditava que algumas coisas existiam de verdade e que era questão de tempo eu conquistá-las.

Há 3 anos eu sentia a vida, eu pulsava junto com ela. Hoje eu sigo a valsa do amadurecimento e me pergunto se vale amadurecer e ser uma pessoa esclarecida.

A pessoa ignorante (refiro-me no sentido de não ter conhecimento e clareza sobres às coisas) é feliz. Ela é livre do compromisso de fazer a coisa certa e a liberdade, por sua vez, é tranquila.


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