quinta-feira, 14 de julho de 2011

Insana

Meu olhar, seu olhar, o desejo.
A música, o ensaio, o ensejo.

A aproximação, alucinação, o encaixe.
A certeza, o impulso, o enlace.

A fuga, o lugar, o ato.
A intensidade, veracidade, o fato.
Minha boca, seu abdômen, o tremor.
Sua boca, minha coxa, o ardor.

Sua mão, meu peito, a sede.
Minha mão, seu pescoço, o desfecho.

Intenso, rígido, absoluto.
A vontade de cada vez ir mais fundo.
Carícias, arrepios, delícias.
No escuro, no lugar, no mundo.

O ato, em si, é insólito.
O orgasmo, por si, é inebriante.

Querer, buscar, ter.
Sexo, amor, prazer.

Uma mistura intrigante, intrínseca, intensa.
Inesquecível, inexplicável, inesgotável.

Uma noite, um momento, um minuto.
Um sentimento devasso que de maneira profana nos conduz ao absurdo.

Um comentário: