quinta-feira, 30 de junho de 2011

Casamento X O sonho de casar

Ultimamente eu tenho pensando muito no assunto “casamento”.  Lembro que quando eu era bem novinha, por volta dos 8 ou 9 anos, eu brincava de casinha com minha prima e meu primo. A estrutura era sempre a mesma, papai, mamãe e filha. Minha prima e eu alternávamos nas personagens mãe e filha. O pai saia cedo para trabalhar, a mãe levava a filha para a escola, arrumava a casa e fazia comida. Nesta época eu não ligava muito para o assunto casamento, era só uma brincadeira inocente que espelhava o que nós víamos em casa.

Quando cheguei à adolescência e começaram os namoricos, essa história de casar e construir uma família começou a passar pela minha cabeça, mas meio que como um conto de fadas. A questão é que o conceito que eu tinha de casamento era bem diferente. Tudo era muito bonito, romântico, problemas existiriam, mas o final sempre seria feliz. Trabalho, marido e filhos em perfeita harmonia. Eu idealizava o meu marido como aquele príncipe encantado dos filmes enlatados que assistimos no Telecine Pipoca. O amor da minha vida seria lindo, alto, bem sucedido, simpático, enfim, quase um Deus, ou melhor, semi Deus, afinal, seria meu “grande amor” e companheiro.

O tempo passou, tive meu primeiro amor, o segundo, o terceiro, resumindo, tive experiências mais sólidas e consistentes, o sonho de casar permaneceu em minha mente, mas a ideia do que um casamento é mudou consideravelmente. Passei a entender que nem tudo seriam flores e o importante era achar um homem legal, íntegro, honesto, trabalhador, que me ame e se esforce para me ver feliz.

Sonhos...

As aspirações sobre casamento sempre foram sonhos. Hoje, a possibilidade do sonho se tornar real é bem grande, mas a dúvida também é bem grande.

Homens legais surgem e querem ficar em nossas vidas e será que estamos preparadas para pular do sonho para a realidade?

Eu entro em conflito quando tento responder a pergunta acima. Casar, vida a dois, dividir tudo, felicidades, tristezas, a rotina diária, as contas, as viagens etc.

Confesso que até hoje acho uma festa de casamento bem organizada emocionantemente linda e confesso também que eu não quero passar a vida sozinha, mas não sei se quero dividir todo meu mundinho com outra pessoa.

Ouço as pessoas darem tantos diagnósticos e respostas rápidas para as minhas questões que, sinceramente, não sei se posso dar credibilidade a tais soluções e justificativas.

Será que ainda não amei de verdade? Ou amei demais e sofri demais com a perda?

Será que casamento com amor e felicidade na prática existe?

Será que eu não nasci para casar?

São tantas dúvidas...

As vezes acho que eu ainda sou a adolescente esperando pelo príncipe, a única diferença é que eu sei que ele não existe, entretanto a ideia de esperá-lo alimenta as relações reais que eu tenho.

Certeza mesmo é que eu adoraria entrar na igreja deslumbrante com todos os olhares voltados para mim, fazer uma recepção inesquecível e ter um daqueles álbuns em que eu parecerei uma modelo profissional.

É, a festa eu quero. Dá para fazer só isso?

O resto do pacote não estou tão certa se quero levar para casa. Só o álbum e as lembranças da festa, a princípio, me bastam.
 

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